domingo, 25 de outubro de 2009

300 anos em quatro meses

Já passado mais de três meses sem dar sinal de vida no mundo virtual, venho mais uma vez com assuntos que não interessam a ninguém (e a duas ou três pessoas)...

É incrível o que três meses podem fazer com a sua vida... acho que se eu for contar só grandes acontecimentos (leia-se grandes coisas muito difíceis de acontecer em tempos muito esporádicos) deram uns 3... sem contar os pequenos acontecimentos que podem ou não fazer diferença no seu dia ou na sua vida, dependendo do seu humor...

Na minha última postagem, estava eu escrevendo em blogs e com a rotina maçante de ficar pelo menos 20 horas por dia na frente do meu computador procurando um emprego, já que estava “disponível no mercado” (jeito bonito de se dizer que está na merda).

Antes da minha primeira postagem em julho, estava eu com outra vida não menos maçando e um trilhão elevado a infinito mais estressante do que minha vida de julho... na minha vida de junho eu era amiga de Maria, Rosinha e Joana, colega de Jaisvalda e mais uns 20 e inimiga de estado de Catarina e companhia... tinha sonhos de ir pra Nova York e pular de bungee jump da estátua da liberdade... (vejam bem, tudo isso não passa de uma estória...)

Já na minha vida de julho, descobri que o que eu queria mesmo era comer sorvete de abacate com batatinha e morria de medo de altura... descobri a colega Jaisvalda e mais um ou dois dos 20 eram mais do que colegas, que as amigas Maria e Rosinha deixaram de existir, que Joana virou colega e Catarina e companhia continuaram a ser inimigos de estado...

Hoje já estou na minha vida de outubro (quase setembro), e tive tantas vidas nesse meio tempo que nem acredito que ainda não estou com 300 anos... incrível como as pessoas podem ser 30 tipos de pessoas em segundos, dependendo do que acontece com você... principalmente quando acontecem os tais grandes acontecimentos...

Felizmente tem coisas que continuam existindo em todas as vidas que temos, tem Marias que não mudam e não vão embora, nem que seja para ficar só dentro da gente... e isso já é muito bom... e felizmente também, minha vida de outubro tem se mostrado muito melhor do que minha vida de junho, julho, agosto e setembro... e espero que isso seja uma tendência... rs

Um relato... na virada do ano passado eu estava vestindo roxo e pedi transmutação, para fazer juz a tradição de acreditar que uma cor vai mudar a sua vida por um ano... e seja a tal cor ou não, só sei que 2009 pra mim tem sido um tsunami escala 15, e se eu tinha pedido mudança, foi o que consegui o ano todo, das melhores e piores maneiras...

Quem sabe na próxima vida (leia-se mês que vem) eu decida ser designer de sapatos persas e vá para Cisjordânia...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A tal da barriguinha

Quem nunca recebeu por e-mail o texto de uma piscicóloga, "Namore um Barrigudinho"? Muito provável que esse não seja o título original da autora, se é que essa coluna de opinião tem título, mas isso não é o que importa... importa mesmo é o contexto da coisa.

Realmente posso dizer que concordo com a autora... caras prepotentes, que se julgam o centro do universo não foram feitos para casar assim como a mega sena não foi feita para se ganhar... e mesmo se há quem dia que é possível acontecer, que ouviu falar de ciclano e beltrano, ok, mas tal qual a mega sena, também nunca vi o tal fulano.

Sei que essa história de rotular as pessoas e dizer que já sabe como elas são por conta do horóscopo, sígno do macaco, ser metrossexual ou gostar de pizza com catchup é muito relativo, mas não há como negar que todo mundo faz e se diverte com isso. Tem pessoas que realmente tem o dom de ler os outros, tem gente que rotula por maldade ou falta do que fazer, e tem aqueles que simplesmente rotulam para si, por pura diversão, sem expalhar maldosamente por aí sua opnião irrelevante.

Seja como for, no fim de tudo, nada importa realmente... aparência é relativa e as pessoas podem se sentir atraídas por outras por algo que não se explica... caso contrário os carecas, narigudos e os "baianinhos do brás" estariam sempre sozinhos, e geralmente, esses são os mais cafagestes (olha aí eu rotulando as pessoas... mas eu não faço por maldade não! rs)

Fato é que quando se está com alguém, alguém que realmente importe, esse alguém será perfeito aos seus olhos, de verdade... melhor que muitos rótulos vistos por aí, como Brad Pitt ou Antonio Banderas... esse alguém que você incoscientemente excolheu é mais perfeito que qualquer outro, em muitas maneiras, não só na beleza, mas em tudo (né mor? rs).



Segue abaixo o texto comentado.



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NAMORE UM BARRIGUDINHO

(palavras de uma psicóloga experiente)

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.
Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.
Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.
Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.
E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.
Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.
Outra coisa fundamental:
Homens barrigudinhos são confortáveis!
Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!
Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.
Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo...
Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar,a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.

CARLA MOURAPSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Smoke

Sábado passado meus pais chegaram do mercado com uma coisa diferente na mão... uma calopsita. E não, eles não compraram essa calopsita porque eu já tenho 3, então com certeza eles não teriam comprado mais uma...

Eles me contaram que minha mãe ficou no carro enquanto meu pai tinha entrado na loja... e ela começou a escutar uns piados... meu pai, quando voltou, foi ver o que era... encontrou no canto do estacionamento, todo encolhido, tremendo, esse bichinho... e trouxeram para casa...

Acredito que essa calopsita deve ter sido de alguém, acredito que deve ter saído pela janela de alguma casa, ou apartamento e caído ali perto de onde meus pais encontraram... ele (ou ela, mas acho que é macho) ainda é novinho e não sabe voar direito... mas o curioso é que, embora assustado, ele é bem mansinho, e estou treinando ele para acostumar a ficar com a gente...

As minhas outras calopsitas são amarelas, daquelas mais comuns, e essa que eles encontraram é totalmente diferente... é cinza, com manchas brancas e amarelas... no começo as outras estranham, mas agora aparentemente já estão andando todos juntos... é muito engraçado ver o Smoke seguindo os outros, até lembra o filme do patinho feio...rs

Ah, chamei ele de Smoke porque ele estava todo sujo, cheirando fumaça, no dia que chegou em casa... achei apropriado...rs

Hoje, tenho em casa 4 calopsitas e um mini-coelho, e todos esses bichinhos ficam soltos pela casa... a pesar de parecer loucura, é incrível como esses animais dão alegria para gente...
É como vi no filme "Marley e eu"... os animais não esperam nada da gente, dinheiro, fama, inteligência, não se importam se somos feios, burros ou temos um porche... é só dar o seu coração para eles, que eles entregaram os seus...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Casal de Trevos

"Era uma vez" uma menina de 7 anos de idade, morena, baixinha, magrinha, nada de especial, pelo menos em sua aparência... essa menina gostava de procurar por insetos e bichinhos no mato, como tatu-bola, minhocas e caramujos (não, a menininha não ficou doente e morreu).
Certo dia, brincando um um dos jardins que tinha perto de casa, a menina viu um casal de trevos... sim, um casal, pois eles estavam tão juntos que não tinha como saber se, por baixo da terra, faziam parte do mesmo caule ou não. A menina estranhou, pois já tinha brincado por lá várias vezes, mas nunca tinha visto nenhum trevo como esses... afinal, esses eram especiais... eram trevos de quatro folhas.
Ela resolveu procurar melhor para ver se encontrava mais... encontrou vários outros trevos comuns, de três folhas, mas nenhum outro como aqueles, então resolver guardar os trevos para si, afinal, trevos de quatro folhas são considerados amuletos da sorte.
No momento que a menina tirou os trevos da terra, percebeu que suas raízes eram separadas, mas seus caules estavam unidos... a menina então resolveu fazer um pacto, entre ela e aquele casal.

"Eu vou deixar vocês do jeito que estão, juntinhos, e prometo nunca separar vocês... se eu encontrar minha alma gêmea, darei um de vocês para essa pessoa e o outro ficará comigo, porque eu sei nunca irei me separar dela, então, vocês ficarão sempre juntos também."

A menina pegou os trevos e os guardou juntos, um ao lado do outro, dentro de um livro... 13 anos depois, ela entregou um dos seus trevos para uma pessoa muito especial...

Hoje, a menina já se separou de um dos seus trevos... ao crescer aprendeu muitas coisas, sobre a vida, sobre as pessoas, e sabe que nada é para sempre... Como aquele casal de trevos, que nasceram separados e depois se encontraram, únicos, especiais, perfeitos um para o outro... e assim ficaram, unidos, até o dia que a vida iria separá-los...

Mas também aprendeu que, por mais que o tempo passe, as coisas mudem e as pessoas se vão, aquele sentimento, único, nunca vai perder seu valor, ou sua marca... e por isso, por mais que a vida se vá, não há como separar duas almas gêmeas...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A menina e o anjo

Por várias vezes, principalmente a tarde, depois de sair do banho (quando bate aquela moleza), me deito na minha cama e fico olhando pro teto... bom, não é bem para o teto, mas para o móbile de anjo que tenho pendurado no teto, bem em cima da cama... toda vez que me deito começo pensando a mesma coisa... pra que ter um móbile de anjo com sino dos ventos se não vai bater vento nunca onde ele está... enfim, mas isso é irrelevante... o fato é que esse anjo está sempre lá, me ouvindo nos pensamentos mais divagantes... seria o que as pessoas chamariam de "momentos de reflexão"...
Uma das últimas vezes que divaguei, foi pensando no que faria da minha vida... o que faria porque estou desempregada, e estar desempregada é uma merda, mas enfim, depois de ver o que passei, pensei se não era hora de mudar... virar criadora de cavalos ou virar desenhista, de qualquer coisa... pensei também em morar no caribe e estudar os recifes de corais, ou virar astrônoma em outro país... claro, tudo muito fácil de conseguir... daí pensei o quão estúpido era pensar em tudo isso, principalmente para quem está desempregada... claro, vou fazer fotossíntese e viver de luz...
O foda é que por mais que digam para correr atráz dos seus sonhos e que tudo é possível, blá blá blá, a vida é muito diferente... você sonha, mas faz o que dá... na minha atual situação, com dívidas e contas a pagar, eu posso até sonhar em conhecer o papa, mas tenho mesmo é que procurar emprego naquilo que sei fazer hoje, e não no que queria saber fazer...
Não que eu não goste do que eu faço, ou fazia... mas o que sei que não queria era passar por aquilo de novo... aprendi, nos meus poucos anos de experiência, o que é o mundo corporativo... e pra ser bem honesta, não é nada legal... é um big brother, valendo menos, e te fodendo mais... pra não ser tão detalhista...
Enfim... reclamar de coisas desse tipo é como chover no molhado... não adianta nada, porque na verdade, nada vai mudar... as coisas vão continuar a ser assim...
No fundo penso que só um anjo de porcelana para aguentar ouvir...